Weidman diz que ficou com medo de ter perna amputada

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O lutador Chris Weidman segue em recuperação da grave lesão que sofreu no UFC 261. Na ocasião o lutador com apenas 17 segundos de luta ao desferir um chute em Uriah Hall fraturou a tíbia e a fíbula. A lesão idêntica a de Anderson Silva também requer bastante tempo de recuperação, e em sua conta no instagram o americano revelou ter se sentido com receio de uma possível amputação da perna.

“Fiquei muito assustado com essa dor porque estou pensando nos piores cenários. O pior deles é que o sangue não volte para o meu osso e não circule, o que significaria uma possível amputação. Isso aconteceu com meu polegar depois que lutei com Kelvin Gastelum. Fiz uma cirurgia em um ligamento que rompeu depois de dar um gancho de esquerda nele e, cerca de oito semanas após a cirurgia, eles perceberam que o sangue não estava voltando. Então, tiveram que retirar todo o meu osso e colocar um osso do quadril lá dentro, porque o do dedo estava se deteriorando e morrendo. Então, se isso acontecesse com minha tíbia ou minha fíbula, eu não sei qual seria a consequência. Amputação, prótese de perna, tudo isso me assusta. Estou rezando e tenho certeza de que não vai acontecer, mas é uma possibilidade. Falei com um médico sobre isso e ele me disse que a tíbia tem as piores porcentagens de cura pós-cirurgia. Não é uma porcentagem alta, cerca de cinco por cento, mas é preocupante”, disse Weidman

Weidman também descreveu como está seu dia a dia e revelou as dificuldades que vem sofrendo com as dores. O lutador ainda afirmou que das várias cirurgias realizadas ao longo de sua carreira essa foi a pior.

“A dor de me levantar para ir ao banheiro ou qualquer coisa assim é muito forte. Quando eu tenho que ir ao banheiro, é preciso muita força de vontade e preparação mental para me levantar, porque assim que eu começo a ficar de pé eu não fico em pé apoiado na perna, apenas nas muletas e o sangue começa a se acumular na minha canela e no meu pé e a dor é absurda”.

“Um outro problema é que tenho dormência na planta do pé e em alguns dedos. Está formigando como se eles estivessem meio anestesiados, como seu o nervo não estivesse funcionando perfeitamente. Isso também é um pouco assustador. Fiz 23 cirurgias, esta é a minha 24ª e é completamente diferente em muitos aspectos de tudo que já fiz. Operei o pescoço, as mãos e todas as partes do corpo que você poderia imaginar, mas essa isso foi muito brutal”, falou Chris Weidman.

Retrospecto de Chris Weidman:

Com 15 vitórias e seis derrotas na carreira, Weidman teve seu momento de auge na carreira em 2013 quando faturou o cinturão dos médios depois de chocar o mundo ao vencer o brasileiro Anderson Silva. Após defender três vezes o título, o americano iniciou a má fase ao perder para o compatriota Luke Rockhold.

Além de ficar sem o cinturão, Weidman fez mais sete lutas no Ultimate e saiu vitorioso em apenas dois confrontos. O ‘All-American’ até se desafiou na divisão acima – meio-pesado -, mas acabou nocauteado por Dominick Reyes.