O duelo principal do UFC Vegas do próximo sábado (08) marcará a primeira luta principal de Marina Rodriguez no Ultimate, e a brasileira terá pela frente a americana Michele Waterson em um duelo de cinco rounds pela categoria do peso-mosca. Apesar do confronto ter sido marcado de última hora, Marina Rodriguez em contato exclusivo com o ‘Tudo Sobre MMA’ revelou como foi a negociação após a até então luta principal entre TJ Dillashaw e Cory Sandhagen ser desmarcada.
“Nos ofereceram essa luta com 11 dias, a princípio seria no 52kg (peso-palha), mas baixar 10 kgs em poucos dias poderíamos não entregar uma boa luta para o público, era até possível mas não o ideal, e não é assim que a gente trabalha. Então depois ofereceram no 57 (peso-mosca) onde a gente aceitou de prontidão fazer o main event. Sempre treinamos com 70% de força então uma luta em cima da hora não é total surpresa, estamos preparado para mostrar um grande trabalho”, disse Marina.
Com 13 vitórias e apenas uma derrota na carreira, chama atenção no cartel profissional o número de nocautes de Marina Rodriguez com seis triunfos por esse método. A mão pesada da brasileira vem impondo respeito, principalmente depois da última performance sobre a compatriota Amanda Ribas onde ela acabou vencendo por nocaute em janeiro deste ano. Apesar do poder em pé ser visto como estratégia principal, Marina disse estar preparada para um possível duelo na luta agarrada.
“Como sempre elas querem a luta agarrada, querem ir pro chão e eu pretendo manter a distância e se ela conseguir encurtar eu tenho um bom jogo de grade e vou conectar bem meus cotovelos e caso a gente vá para o chão meu jiu-jitsu tá cada vez melhor. Eu estou muito confiante se a luta mantiver agarrada e eu tenho umas finalizações muito interessantes para mostrar. Então eu estou com a estratégia na cabeça e o que ela me oferecer eu posso oferecer de volta 10 vez melhores”.
Para um confronto de cinco rounds, ainda mais com pouco tempo de aviso tem que ser uma luta estratégica, uma luta estudada, mas não parada, que é o que muita gente apresenta. Vai ser uma luta muito estratégica e eu vou enxergar o momento certo de conectar minha mão e esse será o diferencial assim como eu fiz na luta contra a Amanda Ribas, calma, estratégia e encontrar o momento certo de conectar a mão e acredito que se eu conseguir fazer isso no momento certo o nocaute vai vir. afirmou a lutadora natural de Bagé no Rio Grande do Sul.
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Marina Rodriguez ganhou um contrato com a organização através do reality ‘Dana White’s Contender Series Brasil’ em 2018. Desde então em sua caminhada no UFC emplacou quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Com uma postura mais séria diante das câmeras, Marina busca apenas dentro do octógono ganhar seu espaço no Ultimate e ignora o tão comentado ‘trash talking’.
“Isso não interfere no meu trabalho e no meu mental, a minha cabeça é muito bem forjada pelo meu mestre e desde o início ele sempre me deixou com os pés no chão e eu consigo manter minha mente tranquila. É claro que a gente sempre vê o que tá acontecendo em volta, inclusive muitas vezes para até não fazer igual. O nosso foco é treinar bem, evoluir e lutar melhor ainda e mostrar realmente os resultados dentro do octógono e o que vem extra octógono a gente trabalha, mas não é o nosso foco e não tira o nosso principal foco que é sempre fazer lutas boas”, finalizou Marina Rodriguez com exclusividade para o ‘Tudo Sobre MMA‘.