|OPINIÃO| Com o campeão, Israel Adesanya, indo se testar na categoria de cima, como fica o Peso Médio do UFC em sua ausência? Quem deverá ser seu Regente?
Sobre esse Artigo
E aí meus amigos, tudo certo com vocês?
Hoje eu venho aqui propor uma discussão. Isso mesmo, vou expor algumas confabulações aqui sobre o momento e o futuro da categoria dos Pesos Médios (até 84kg) do UFC, onde o campeão é Israel “The Last Stylebender” Adesanya, popularmente também conhecido como Izzy.
Espero que vocês curtam e que deem suas opiniões após a leitura!
Qual é o Problema?

Para aqueles que estão por fora do que anda acontecendo na categoria dos Médios (até 84kg) – e pra quem já tá ligado, mas gosta de ver as confusões que rolam dentro do UFC, vou explicar aqui:
Israel Adesanya, depois de ganhar do brasileiro Paulo Costa, o “Borrachinha”, disse que queria subir para a categoria de cima, o Peso Meio Pesado (até 93kg) e, desafiar o atual e, novo campeão, Jan Blachowicz.
O polonês aceitou o combate:

E não apenas Jan confirmou o combate, com o próprio Dana White afirmou o mesmo:
“Quando a luta acabou na ‘Ilha da Luta’, pensei: ‘Vou ter que sentar com esse garoto e convencê-lo a enfrentar Whittaker’. E Whittaker chega (na coletiva) e diz que não queria enfrentá-lo. A m*** mais louca que já vi. Portanto, não há discussão com Israel agora. Achava que Whittaker merecia a chance, mas ele não quer, então vamos deixá-lo fazer isso” – Disse Dana.
Sabendo disso os lutadores da categoria dos Médios já começaram a se movimentar para saber o que devem fazer – alguns já dizem até em título interino, como a tentativa de se casar Paulo Costa com Robert Whittaker, o ex campeão da categoria e o ex desafiante ao título, valendo o cinturão interino, mostra.
Esse título interino não deve sair – pelo menos não agora, mas a ideia de se organizar lutas para preparar a categoria para a volta de seu Rei é algo real, afinal, além de criar entretenimento (caso haja uma narrativa adequada) a categoria se movimenta e os lutadores do top 10 não ficam parados.
Entendendo a Situação

Antes de entrarmos diretamente no motivo deste artigo existir – tratar de suposições para o top 10 do peso Médio, quero falar sobre a problemática de Adesanya subir de categoria de peso para disputar um cinturão.
Ela se dá pelo combate entre Adesanya e Blachowicz estar sendo cogitado para acontecer em Março de 2021. A partir disso, então, surgem três problemas:
- Independente do resultado, Adesanya deve ficar, no mínimo, 2 ou 3 meses fora de ação, uma vez que precisa de um tempo para se preparar para sua luta posterior – se precisar se recuperar, esse tempo até pode se estender. Ou seja, nesse cenário, a sua próxima luta só aconteceria em Junho ou Julho de 2021, no cenário otimista.
- Adesanya vence. E além de ter que um período mínimo de 2 ou 3 meses de espera para a sua luta, talvez o combate mais interessante seja algo nos Meio Pesados, o que pode simplesmente deixar os médios a ver navios. Pelo valor e desafio certo, é possível que ele opte por isso, já pensaram num duelo com algum nome de peso da categoria? Glover, Gustaffson (supondo que ele ainda queira lutar..)
- Jon Jones.
Apesar disso, para nós, fãs, isso não é um problema, na verdade é a solução. Quanto mais confusões, suposições e especulações, mais nós queremos assistir a cada um desses combates. Mas, para os atletas dos médios é um tremendo de um problema!
E ai, como fica o Peso Médio?
Bom, vamos para o que interessa aqui: falar de como fica o peso Médio. Sem entrar no mérito de um cinturão interino agora, vou propor algumas lutas baseada no top 10 da categoria, que poderiam funcionar como um singelo torneio – mas não deixa o Dana White saber disso, se não ele tem uma ataque alérgico.
Antes, contudo, é importante comentar que algumas lutas já estão casadas, portanto estão listadas aqui. Elas entram na discussão sem expor um vencedor, apenas indicando que o vencedor pegará a luta proposta.
Por exemplo, o top 8, Kelvin Gastelum vai enfrentar o top 15, Ian Heinisch, no dia 30 de Janeiro ou, o top 9, Uriah Hall está escalado para enfrentar o top 11, Chris Weidman, no dia 13 de Fevereiro. Dessa forma, vou tratar esses dois casos como ‘o vencedor dê’, para facilitar – afinal, quando um lutador menor ranqueado vence alguém a sua frente, ele toma aquela posição.
TOP 1, Robert Whittaker vs TOP 5, Marvin Vettori

Whittaker afirmou que ainda queria fazer mais uma luta antes de enfrentar Adesanya – que segundo Dana White estava disposto a dar a revanche para o ex-campeão. Não aconteceu, então porque não dar essa luta que o top 1 da categoria queria? Marvin Vettori pediu Borrachinha após sua última e impressionante vitória, mas por que não Whittaker? O hype no italiano cresceu e ele parece se encaixar na medida para o top contender dos Médios. Quem vencer, faz a revanche com o campeão? Talvez não, mas nada nos impede de imaginar.
TOP 2, Paulo Costa vs TOP 7, Derek Brunson

Costa, conhecido como Borrachinha no UFC, queria lutar pelo cinturão o mais rápido possível. Mas entre planos de cinturão interino e lutas contra o top 1 da categoria, o ideal apra ele era uma luta de recuperação após sua última luta (quando foi brutalizado pelo campeão da categoria. E Derek Brunson é o lutador ideal para isso. Todos saem ganhando, eu, você e os dois. Derek é vencível, mas um teste real para Costa que precisa lidar com o jogo de quedas do americano. Já Brunson, tem no brasileiro, uma janela aberta para o top 3 da categoria que ele vem almejando há tempos.
TOP 3, Jared Cannonier vs TOP 8, vencedor de Gastelum vs Heinisch

Cannonier precisa se erguer da derrota para o número 1 da categoria, e o vencedor de Gastelum vs Heinisch parece uma luta interessante. Tanto Gastelum quanto Heinisch tem a luta agarrada como base e a mão pesada (Kelvin se destaca por ter desenvolvido um jogo de trocação bem apurado na Kings MMA). Ou seja, a luta de recuperação para um, e a da alavancagem para o outro é, certeza de uma boa apresentação com direito a cenas de trocação insanas, muito poder de nocaute, e tentativas de quedas e controle Ground and Pound (o famoso gnp) assustadores.
TOP 4, Darren Till vs TOP 9, vencedor de Hall vs Weidman.

Till está num momento difícil na carreira e precisa de uma luta de recuperação, enquanto o vencedor de Hall vs Weidman estará em busca de uma subida para o top 5 da divisão. A luta parece valer para mim exatamente por cumprir a necessidade de cada atleta. Darren é um bom lutador e sua juventude seria relevante para um combate contra um atleta já mais velho, experiente e procurando, talvez, um último tiro na direção do título.
TOP 5, Jack Hermansson vs TOP 10, Kevin Holland:

Essa luta seria um prêmio pelo bom trabalho apresentado por Holland durante 2020 e uma oportunidade de recuperação para Hermansson, que perdeu a sua última luta e precisa de alguém ‘vencível’ mas ainda com relevância (top 10) para não cair no esquecimento popular – e convenhamos, ele já não é lá muito conhecido, então somando isso ao hype de Kevin, essa luta parece fazer sentido para mim. O vencedor vai pegar o hype do derrotado, que vai ter que lamber suas feridas para a próxima rodada.
Campeão, Regentes e o Futuro
Depois desses cinco combates interessantes, vamos ter 5 lutadores prontos para se enfrentarem. É provável que após isso, o ranking também dê uma mudada um pouco drástica. Dependendo da apresentação do atleta já que uma vez que alguém se destaque muito pode simplesmente subir no ranking mais do que o outro que venceu bem, mas não empolgou. Nocautes espetaculares costumam fazer a cabeça dos jornalistas responsáveis pelo ranking do evento.
Então, acho que podemos concluir que: apesar da possibilidade de não termos um campeão ativo na categoria, há muitas lutas a serem feitas. E lutas boas!
E como são 10 atletas em rota de colisão, é muito plausível que se organize o ‘torneio dos médios’ em um período de tempo de médio a longo prazo. Uma luta por evento grande, talvez ocupe um ano inteiro.
Whittaker pode ser o primeiro a ter sua luta no mesmo evento de Adesanya vs Blachowicz, para já estar apto para o combate com o Nigeriano na sequência. Ou, caso essa luta não aconteça por um dos motivos já apresentados aqui neste artigo, o plano do título interino pode surgir novamente. Um cinturão interino não deve ser criado sem que haja realmente um motivo, mas uma vez que o Campeão continue fora da categoria, ele se faz necessário e, caso esse motivo surja, a categoria contará com uma nova perspectiva entre seus atletas de elite.
Um cenário perfeito para um Regente surgir.
Espero que vocês tenham curtido a leitura e a ideia por trás desse artigo que incentiva torneios, mesmo que o presidente do maior evento do mundo não goste muito dessa palavra.
Obrigado pela sua presença aqui, comente se tiver algo que gostaria de contribuir com a discussão e um abraço!
Escrito por Rodrigo Carvalho
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